Fiocruz: casos de síndrome respiratória aguda grave ficam estáveis
Saúde
Publicado em 11/10/2021

Dados do Boletim semanal InfoGripe foram divulgados hoje

 

Publicado em 08/10/2021-19:57 Por Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil-Rio de Janeiro/Portal EBC

A imagem da capa do site Multisom é meramente ilustrativa e foi retirada de arquivos da internet/Google

 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou cenário de estabilidade no país, nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com pequenas oscilações em todas as faixas etárias analisadas no Boletim InfoGripe, publicado nesta sexta-feira (8). 

Para as crianças de zero a nove anos de idade, no entanto, os níveis permanecem fixo em valores entre mil a 1,2 mil casos semanais. Esses números são próximos aos que foram registrados no pico de julho de 2020, quando foram notificados 1.282 casos.

Segundo a análise, nas demais faixas etárias, o patamar atual representa os menores valores desde o início da epidemia no Brasil. O estudo se baseia em dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 4 de outubro e compreende a Semana Epidemiológica 39 (de 26/9/2021 a 2/10/2021).

“O Brasil como um todo apresenta sinal de estabilização na tendência de longo prazo, ou seja, em relação às últimas seis semanas, e de crescimento no curto prazo, últimas três semanas. Nesta atualização, apenas nove dos estados apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Distrito Federal, Espírito Santo, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe”, destacou o relatório.

De acordo com os cientistas da Fiocruz, é importante ressaltar que, na maioria desses estados, o cenário de crescimento reflete pequenas oscilações em torno de valores estáveis. A única exceção é o Distrito Federal, onde se observa crescimento claro e expressivo na população acima de 60 anos. O cenário para o grupo etário com mais de 70 anos é especialmente preocupante.

“Do ponto de vista epidemiológico, a flexibilização das medidas de distanciamento social facilitam a disseminação de vírus respiratórios e, portanto, podem levar a uma retomada do crescimento no número de novos casos. Dada a heterogeneidade espacial da disseminação da covid-19 no país e estados, recomenda-se que sejam feitas avaliações locais, uma vez que a situação dos grandes centros urbanos é potencialmente distinta da evolução no interior de cada estado”, disse o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

As informações completas do relatório podem ser acessadas na página da Fiocruz na internet.

Edição: Denise Griesinger

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